Linhas de Cuidado

Condições agudas graves - Planejamento terapêutico

A Emergência é a porta de entrada do paciente com complicações agudas relacionadas à infecções, traumas ou outras complicações da SCZ.

Manejo Inicial

Estratégia AIDPI

A estratégia “Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância” (Aidpi) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade de crianças entre zero a 5 anos de idade, promovendo ações de promoção e prevenção em saúde infantil. A Unidade de Saúde deverá identificar a criança de risco no atendimento de casos agudos. Deve acompanhar as crianças após o atendimento de urgências/emergências, visando à redução das internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária. 

Apresenta quadros que mostram a sequência e a forma dos procedimentos a serem adotados pelos profissionais de saúde na avaliação de crianças de 0 meses a 5 anos de idade.

Os quadros descrevem as cores, segundo os riscos (vermelho, amarelo e verde)

Para mais informações acesse o Manual AIDPI Neonatal: Quadro de procedimentos e o Manual de Quadros de Procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos.

Verificar se há sinais gerais de perigo
Perguntar Observar Conduta
  • A criança consegue beber ou mamar no peito?
  • A criança vomita tudo o que ingere?
  • A criança apresentou convulsões ou movimentos anormais há menos de 72 horas?

  • Se a criança está letárgica ou inconsciente
  • Se a criança apresenta tempo de enchimento capilar > 2 segundos
  • Se a criança apresenta batimento de asa do nariz e/ou gemência

A criança que apresenta qualquer sinal geral de perigo deve ser urgentemente assistida

Completar imediatamente a avaliação

REFERIR urgentemente a uma unidade de Emergência, conforme regulação local

Se a criança está com tosse ou dificuldade para respirar, pergunte há quanto tempo e se ela sibila.

Determine: frequência respiratória em um minuto, se há tiragem subcostal, estridor ou sibilância

Definição de respiração rápida:

  • Criança de 2 a 12 meses: 50 ou mais por minuto
  • Criança de 1 a 5 anos: 40 ou mais por minuto
Avaliar Classificar Conduta

Um dos seguintes sinais:

  • Qualquer sinal geral de perigo
  • Tiragem subcostal
  • Estridor em repouso

PNEUMONIA GRAVE

ou

DOENÇA MUITO GRAVE

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

  • Respiração rápida
PNEUMONIA
  • Prescrever antibiótico durante sete dias
  • Aliviar a tosse com medidas caseiras
  • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente
  • Marcar o retorno em dois dias
Nenhum dos sinais acima NÃO É PNEUMONIA
  • Aliviar a tosse com medidas caseiras
  • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em cinco dias, caso não melhore
  • Se tosse há mais de 14 dias, realizar investigação

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Atenção: Se tiver sibilância, classificar e tratar antes a sibilância conforme o Quadro. Em seguida, voltar para classificar a tosse ou a dificuldade para respirar, exceto em caso de sibilância grave ou doença muito grave.

Criança com sibilância: pergunte há quanto tempo, se é a primeira crise e se está em uso de broncodilatador adequadamente há mais de 24 horas.

Manejo da sibilância em crianças < 5 anos
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR

Um dos seguintes sinais:

  • Qualquer sinal geral de perigo
  • Letargia ou sempre agitada
  • Estridor em repouso
  • Fala frases incompletas (palavras isoladas); no lactente: Choro curto ou não consegue chorar
  • Tiragem universal
  • Saturação de O2 < 92%1 em ar ambiente
  • FC > 180 bpm (0-3 anos) ou > 150 bpm (4-5 anos)

SIBILÂNCIA GRAVE

ou

DOENÇA MUITO GRAVE

Encaminhar para Unidade Hospitalar (acionar o Serviço de atendimento móvel/SAMU 192)

Enquanto aguarda:

  • Salbutamol  (100 mcg- 6 jatos com espaçador por via inalatória ou 2,5 mg por nebulização); repetir a cada 20 minutos na primeira hora
  • Oxigênio, se disponível (para manter a saturação em 94–98%)
  • Primeira dose de prednisona / prednisolona oral  (2 mg/kg, dose máxima de 20 mg para crianças ≤ 2 anos e 30 mg entre 2-5 anos)
  • Considerar administrar brometo de ipratrópio, nebulização (usar soro fisiológico-5 mL): 40 gotas

Um dos seguintes sinais:

  • Nível de consciência normal com períodos de agitação
  • Fala entrecortada ou choro entrecortado
  • Tiragem subcostal
  • Respiração rápida
  • Saturação de O2 ≥ 92%1 em ar ambiente
  • FC ≤ 180 bpm (0-3 anos) ou ≤ 150 bpm (4-5 anos)
SIBILÂNCIA MODERADA
  • Salbutamol  (100mcg-2 jatos com espaçador por via inalatória ou 2,5 mg por nebulização); repetir a cada 20 minutos na primeira hora
  • Considerar administrar brometo de ipratrópio (250 mcg, 1-2 jatos)
  • Observar por 1-2 horas

Se não melhorar após 1–2 horas; se a criança não consegue falar ou beber, tem frequência respiratória > 40/minuto, se está com cianose ou a saturação de oxigênio estiver < 92% em ar ambiente:

  • Encaminhar para Unidade Hospitalar (acionar o Serviço de atendimento móvel/SAMU 192)
  • Manejar como DOENÇA MUITO GRAVE

Se melhorar:

  • Tratamento domiciliar com Salbutamol por via inalatória (5 dias)
  • Corticoide por via oral (3-5 dias) 2
  • Dar orientações a mãe para o controle da asma e quando retornar imediatamente
  • Fornecer um Plano de ação
  • Marcar o retorno em dois dias
  • Não há sinais suficientes para classificar como sibilância grave ou moderada
  • Saturação de O2 ≥ 95%1 em ar ambiente
SIBILÂNCIA LEVE
  • Tratamento domiciliar com Salbutamol por via inalatória (5 dias)
  • Se estiver em uso de B2CA há 24 horas ou mais: Prescrever corticoide por via oral2
  • Dar orientações à mãe para o controle da asma e quando retornar imediatamente
  • Fornecer um Plano de ação
  • Retorno em 3 dias, se não melhorar ou se estiver usando corticoide

B2CA: Broncodilatador de curta ação.
1 Aferir a saturação de O2, se oximetria de pulso estiver disponível.
2 Priorizar doses baixas e o menor número de dias possível: Prednisona / prednisolona 2 mg/kg por dia de prednisona/prednisolona por 3-5 dias (dose máxima de 20 mg por dia para crianças ≤ 2 anos e de até 30 mg por dia para crianças > 2 e ≤ 5 anos).
Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017; Global Strategy for Asthma Management and Prevention: Updated 2021. Global Initiative for Asthma, 2021.

Após conduta para sibilância leve ou moderada, reavaliar para classificar a tosse ou dificuldade de respirar.

Para maiores informações sobre asma na infância, consulte a Linha de Cuidado da Asma.

Em crianças de 0 meses a 2 meses
Avaliar Classificar Conduta

Dois dos seguintes sinais:

  • Letárgica ou inconsciente
  • Inquieta ou irritada
  • Tem olhos fundos
  • Sinal de prega cutânea
  • Sucção débil ou não consegue mamar

DESIDRATAÇÃO

  • Referir, URGENTEMENTE, ao hospital, com a mãe e/ou profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente durante o caminho, se possível
  • Dar líquidos para desidratação
  • Aconselhar a mãe que continue dando o peito, se possível

Se:

  • Não tem sinais suficientes para classificar como desidratação
SEM DESIDRATAÇÃO
  • Dar líquidos para prevenir a desidratação em casa
  • Ensinar à mãe medidas preventivas e os sinais de perigo para retorno imediato
  • Retornar em 2 dias
  • Aconselhar a mãe que continue dando o peito, se possível

Se:

  • Tem diarreia há 7 dias ou mais

DIARREIA PROLONGADA

  • Referir, URGENTEMENTE, ao hospital, com a mãe e/ou profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente durante o caminho
  • Aconselhar a mãe que continue dando o peito, se possível

Se:

  • Tem sangue nas fezes

DIARREIA COM SANGUE

  • Referir, URGENTEMENTE, ao hospital, com a mãe e/ou profissional de saúde oferecendo soro oral frequentemente durante o caminho
  • Aconselhar a mãe que continue dando o peito, se possível
  • Administrar uma dose de 1 mg de vitamina K por via intramuscular
  • Administrar a primeira dose dos antibióticos recomendados via parenteral

Fonte: Adaptado de Manual AIDPI Neonatal: quadro de procedimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Em crianças de 02 meses a 5 anos

Se a criança estiver com diarreia, pergunte há quanto tempo e se há sangue nas fezes.

Estado de hidratação
Avaliar Classificar Conduta

Dois dos seguintes sinais:

  • Letárgica ou inconsciente
  • Olhos fundos
  • Não consegue beber ou bebe muito mal
  • Sinal da prega: A pele volta muito lentamente ao estado anterior

DESIDRATAÇÃO GRAVE

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local, com a mãe administrando-lhe goles frequentes de soro de reposição oral durante o trajeto

Recomendar à mãe que continue a amamentação, se possível

Dois dos seguintes sinais:

  • Inquieta ou irritada
  • Olhos fundos
  • Bebe avidamente, com sede
  • Sinal da prega: A pele volta lentamente ao estado anterior
DESIDRATAÇÃO
  • Administrar soro de reposição oral (SRO) na unidade de saúde até hidratar
  • Dar zinco oral por dez dias
  • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em cinco dias, se não melhorar

Se a criança também se enquadrar em uma classificação grave devido a outro problema:

  • Referir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe administrando-lhe goles frequentes de SRO durante o trajeto
  • Recomendar à mãe que continue a amamentação, se possível

Não há sinais suficientes para classificar como DESIDRATAÇÃO ou DESIDRATAÇÃO GRAVE

SEM DESIDRATAÇÃO

  • Dar alimentos e líquidos para tratar a diarreia em casa
  • Dar zinco oral por dez dias
  • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em cinco dias se não melhorar

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Diarreia há 14 dias ou mais
Avaliar Classificar Conduta

Com desidratação

DIARREIA PERSISTENTE GRAVE

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local, com a mãe administrando-lhe goles frequentes de soro de reposição oral durante o trajeto

Recomendar à mãe que continue a amamentação, se possível

Sem desidratação

DIARREIA PERSISTENTE
  • Informar sobre como alimentar uma criança com DIARREIA PERSISTENTE
  • Dar zinco oral por dez dias
  • Informar sobre quando retornar imediatamente
  • Marcar retorno em cinco dias

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Sangue nas fezes
Avaliar Classificar Conduta

Sangue nas fezes

DISENTERIA
  • Dar um antibiótico recomendado em sua região para Shigella, se houver comprometimento do estado geral
  • Dar zinco oral por dez dias
  • Marcar o retorno em dois dias
  • Informar sobre quando retornar imediatamente

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Se a criança estiver com febre (determinada pela anamnese/quente ao toque/temperatura ≥ 37,5°C), determine o risco de malária:

  • Área com risco: Gota espessa/teste rápido. Se positivo, especifique: Há quanto tempo? Há mais de cinco dias: Houve febre todos os dias?
Área com risco de malária
Avaliar Classificar Conduta

Um dos seguintes sinais:

  • Qualquer sinal geral de perigo
  • Rigidez de nuca
  • Petéquias
  • Abaulamento de fontanela

MALÁRIA GRAVE

ou

DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE

Dar antitérmico se a temperatura for ≥ 38,0° C

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

Nenhum sinal de malária grave ou doença febril muito grave e gota espessa ou teste rápido positivo

MALÁRIA

  • Tratar com antimalárico oral recomendado
  • Dar antitérmico se temperatura for ≥ 38,0 ºC
  • Informar sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em três dias
  • Se tem tido febre todos os dias por mais de cinco dias, realizar investigação

Nenhum dos sinais acima e gota espessa ou teste rápido negativos

DOENÇA FEBRIL

  • Dar antitérmico se a temperatura for ≥ 38,0 °C
  • Informar sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em dois dias se a febre persistir
  • Se tem tido febre todos os dias por mais de cinco dias, realizar investigação

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Área sem risco de malária
Avaliar Classificar Conduta

Um dos seguintes sinais:

  • Qualquer sinal geral de perigo
  • Rigidez de nuca
  • Petéquias
  • Abaulamento de fontanela

DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE

Dar antitérmico se a temperatura for ≥ 38,0° C

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

Nenhum sinal de doença febril muito grave

DOENÇA FEBRIL

  • Dar antitérmico se a temperatura for ≥ 38,0 °C
  • Informar sobre quando retornar imediatamente
  • Seguimento em dois dias se a febre persistir
  • Se tem tido febre todos os dias por mais de cinco dias, realizar investigação

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Atenção: Todo paciente com doença falciforme que apresenta febre deve ser referenciado para uma unidade de emergência o mais breve possível.

Se a criança estiver com dor de ouvido perguntar se há secreção no ouvido e, se sim, há quanto tempo.

Avaliar Classificar Conduta

Tumefação e/ou vermelhidão dolorosa ao toque atrás da orelha

MASTOIDITE

Dar analgésico em caso de dor

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias ou otoscopia alterada*

INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO

  • Antibiótico recomendado por 8 dias
  • Dar analgésico em caso de dor
  • Secar o ouvido com toalha se houver secreção
  • Marcar o retorno em 2 dias
  • Orientar sinais de retorno imediato

Dor no ouvido**

POSSÍVEL INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO

  • Dar analgésico em caso de dor
  • Marcar o retorno em 2 dias
  • Orientar sinais de retorno imediato

Secreção purulenta visível no ouvido há 14 dias ou mais

INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO

  • Secar o ouvido com uma toalha
  • Marcar o retorno em 5 dias
  • Orientar sinais de retorno imediato

Não tem dor de ouvido e não foi notada nenhuma secreção purulenta no ouvido

NÃO HÁ INFECÇÃO DO OUVIDO

  • Nenhum tratamento adicional

* Membrana timpânica opaca ou hiperemiada com abaulamento ou perfuração.

** Sempre que for possível, utilize o otoscópio.

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Avaliar Classificar Conduta

Um dos seguintes sinais:

  • Qualquer sinal geral de perigo
  • Abaulamento de palato
  • Amígdalas com a presença de membranas branco-acinzentadas

INFECÇÃO GRAVE DE GARGANTA

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

Um dos seguintes sinais:

  • Gânglios aumentados e dolorosos no pescoço
  • Amígdalas hiperemiadas com pontos purulentos ou petéquias em palato

INFECÇÃO MODERADA DE GARGANTA

  • Dar um antibiótico recomendado
  • Dar analgésico em caso de dor
  • Marcar consulta de retorno em 2 dias
  • Informar sobre quando retornar imediatamente

Presença de vesículas e ou hiperemia de garganta, associados a sinais de resfriado comum

INFECÇÃO LEVE DE GARGANTA

  • Dar analgésico em caso dor
  • Seguimento em dois dias se persistir dor de garganta
  • Informar sobre quando retornar imediatamente

Não há nenhum dos sinais acima descritos

NÃO HÁ INFECÇÃO DE GARGANTA

  • Nenhum tratamento adicional

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Avaliar Classificar Conduta

Palidez palmar grave ou Hemoglobina (Hb) abaixo de 5 g/dL

ANEMIA GRAVE

REFERIR com urgência para serviço de Emergência, conforme regulação local

Palidez palmar leve ou Hb de 5 g/dL a 10,9 g/dL

ANEMIA

  • Realizar tratamento com ferro
  • Realizar teste de malária em área de risco
  • Dar anti-helmíntico se criança com um ano ou mais e não tiver tomado nenhuma dose nos últimos 6 meses
  • Avaliar a alimentação da criança e orientar sobre alimentos ricos em ferro
  • Marcar retorno em 14 dias

Fonte: Adaptado de Manual de quadros de procedimentos - AIDPI Criança: 2 meses a 5 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

Atenção: Todo atendimento realizado deve ser registrado em prontuário, fichas de Coleta de Dados Simplificada (CDS) ou o sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).

O Formulário: Avaliar e classificar a criança doente de 2 meses a 5 anos de idade pode auxiliar na triagem dos pacientes com condições agudas graves.

Posicionar os eletrodos no tórax desnudo e seco do paciente.

IMPORTANTE: Caso não disponha de sistema eletrodos-cabos pediátricos, podem ser utilizadas pás de adulto em qualquer idade pediátrica, devendo assegurar-se de que as pás não se toquem ou se superponham quando posicionadas no tórax do paciente; se necessário, pode ser colocada uma pá na parede anterior do tórax e a outra no dorso (na região interescapular).

Se o DEA for equipado com atenuador de carga, utilizar da seguinte forma:

  • No bebê (< 1 ano): Se disponível, usar DEA com sistema eletrodos-cabos pediátricos (que atenuam a carga de energia)
  • Na criança entre 1 e 8 anos ou < 25 kg de peso: Se disponível, usar DEA com sistema eletrodos cabos pediátricos (que atenuam a carga de energia)
  • Na criança > 8 anos ou > 25 kg: Usar DEA com sistema eletrodos-cabos adulto

Equipamento 

Idade

RN/bebê
(3-5 kg)

< 1 ano

(6-9 kg)

1-2 anos

(10-11 kg)

Criança pequena

(3-4 anos)

(12-14 kg)

Criança

(5-6 anos)

(15-18 kg)

Criança

(7-8 anos)

(19-23 kg)

Criança

(9-10 anos)

(24-29 kg)

Adolescente

(> 10 anos)

(30-36 kg)

DBVM1

Neonatal/bebê

Infantil

Infantil

Infantil

Infantil

Infantil

Infantil

Adulto

Máscara e O2

Neonatal

Pediátrica

Pediátrica

Pediátrica

Pediátrica

Pediátrica

Pediátrica

Pediátrica/ adulto

Lâmina do laringoscópio

0-1 reta

1 reta

1 reta

2 reta

2 reta 

2 reta/curva

2 reta/curva

3 reta/curva

Cânula traqueal

*

3,5 sem cuff

4,0 sem cuff

4,5 sem cuff

5,0 sem cuff

5,5 sem cuff

6,0 sem cuff

6,5 sem cuff

Comprimento de inserção do tubo endotraqueal (cm)

*

10,5-11

11-12

13,5

14-15

16,5

17-18

18,5-19,5

Sonda aspiração

8

8

10

10

10

10

10

10-12

Jelco

22-24

22-24

20-24

18-22

18-20

18-20

18-20

16-20

Sonda nasogástrica

5-8

5-8

8-10

10

10

12-14

14-18

16-18

Dreno de tórax

 

10-12

16-20

20-24

20-24

24-28

28

32-36

1 DBVM: Dispositivo bolsa-valva-máscara

Fonte: Adaptado de Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Atenção: Se paciente com microcefalia, podem ser necessárias adaptações.

Plano de Alta

A nota de alta deve conter um resumo detalhado do quadro clínico, da estratégia terapêutica e das complicações durante a internação.

  • Diagnóstico e informação médica relevante
  • Disponibilizar os resultados dos exames realizados
  • Receita médica completa
  • Conforme condição clínica associada, considerar encaminhamento para médico especialista a partir da unidade de Atenção Primária à Saúde de referência
  • Encaminhamento à Unidade de Atenção Primária à Saúde ou para o centro de atenção psicossocial de origem para manutenção do cuidado

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