Medidas de Prevenção
A Política Nacional de Controle do Tabagismo tem como objetivo a implementação de medidas de saúde intersetoriais para controle do tabagismo que incluem a educação da população e realização de campanhas sobre os danos à saúde; prevenção à iniciação; medidas econômicas, como preço mínimo e aumento de impostos; medidas legislativas como restrições à propaganda, comercialização e proibição do uso de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco em locais fechados.
Cabe aos profissionais de saúde enfatizarem a prevenção junto à população destas medidas.
O tema proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) TABACO E SAÚDE PULMONAR, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o impacto negativo que o tabagismo e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde pulmonar: fator de risco para câncer e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
É fundamental orientar os adultos que não fumem em locais onde haja crianças, para que estas não sejam transformadas em fumantes passivos. Além disso, orientar sobre o risco do uso de narguilé: uma hora de uso equivalente à fumaça de 100 a 200 cigarros e pode ser a porta de entrada para a dependência do cigarro.
Tabagismo passivo é a inalação da fumaça de dispositivos eletrônicos para fumar (tais como cigarros eletrônicos) e da fumaça de derivados do tabaco, tais como cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo, narguilé e outros produtores de fumaça, por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em diferentes ambientes respirando as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala.
A fumaça do tabaco contém mais de 9.000 compostos e substâncias químicas. Estudos indicam que no mínimo 69 destes compostos e substâncias provocam câncer. A fumaça é uma mistura de milhares de substâncias tóxicas diferentes que constituem-se de duas fases fundamentais: a particulada e a gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.
Alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado a partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas em veneno para matar rato.
O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.
A fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos.
Crianças e bebês são particularmente mais suscetíveis ao tabagismo passivo e com risco aumentado de desenvolver asma e ter crises de exacerbação da doença, doença do ouvido médio e a síndrome da morte súbita infantil.
Mulheres grávidas expostas ao tabagismo passivo correm maior risco de natimorto, malformações congênitas e feto com baixo peso ao nascer. Não há nível seguro de exposição ao tabagismo passivo e a única maneira de proteger adequadamente fumantes e não fumantes é eliminar completamente o tabagismo em ambientes fechados.
Para conhecer mais sobre o tema e ficar ciente da legislação, acesse: Tabagismo passivo.
Atenção: O fumante deve ter conhecimento de que a fumaça do seu cigarro ou de outro produto derivado do tabaco pode causar doenças nas pessoas com quem convive em casa, no trabalho e em demais espaços coletivos e que não existe nível seguro de exposição à fumaça.
Ações em saúde
Ações em parceria com as escolas e centros comunitários favorecem a conscientização principalmente do público adolescente/jovem, tão suscetível ao encontro com as drogas nessa fase.
Para mais informações acesse o Programa Saber Saúde (de prevenção a iniciação ao tabagismo e demais fatores de risco de câncer) e o Programa Saúde nas Escolas.