Sou Paciente - Tabagismo
Não use medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos ou parentes. O uso incorreto de medicamentos pode causar riscos e efeitos indesejados, busque sempre orientação de um profissional de Saúde - EVITE A AUTOMEDICAÇÃO.
O tabagismo é uma doença crônica, causada pela dependência à nicotina (substância encontrada em todos os derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros).
A dependência da nicotina leva a uma necessidade física e psicológica do produto de tabaco, mesmo sabendo dos seus efeitos prejudiciais à saúde.
O indivíduo com dependência à nicotina passa a fumar cada vez mais, tem dificuldade em controlar o impulso para fumar e pode desenvolver sinais e sintomas de intenso desconforto físico e mental quando fica sem fumar (síndrome de abstinência).
Assista ao vídeo sobre a Ação da Nicotina no SNC.
Fumantes têm maior risco de desenvolver múltiplas doenças graves, como câncer, infarto, acidente vascular encefálico (derrame), impotência, enfisema, bronquite crônica e doenças respiratórias crônicas.
A expectativa de vida média é 10 anos menor em pessoas tabagistas. Quando a pessoa para de fumar antes dos 40 anos, o risco de morte reduz em até 90% em relação aos que continuam fumando.
Crianças que convivem com fumantes têm mais infecções respiratórias (como bronquiolite e pneumonia) e asma, internam mais e podem morrer em consequência destas doenças.
Fumar também prejudica as pessoas que convivem com fumantes em casa ou no trabalho e que não fumam - Fumo Passivo Mata.
No Brasil, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo desenvolve três ações centrais:
- Prevenção: não começar a fumar
- Cessação do tabagismo
- Promoção de ambientes livres de tabaco
As pessoas entendem que fumar faz mal, entretanto poucas sabem como parar.
Escolha uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro e faça dela uma ocasião especial.
Parada Imediata: primeira opção. Você deixa de fumar de uma só vez, marcando uma data e parando totalmente.
Parada Gradual:
1) Reduzindo o número de cigarros a cada dia
2) Adiando a hora em que começa a fumar o primeiro cigarro do dia. Você vai adiando por um número de horas pré-determinado até chegar o dia em que você não fumará nenhum cigarro. Use essa estratégia no máximo por duas semanas
O Ministério da Saúde, por meio da rede do SUS, oferece tratamento para o tabagismo. Procure uma Unidade de Saúde da Atenção Primária (ex. posto de saúde, unidade básica) próxima a sua casa e converse com a enfermeira, médico ou outro profissional de saúde da unidade. Eles irão lhe orientar e acompanhar nesse processo.
O tratamento é feito com base no aconselhamento estruturado, de forma intensiva e tratamento farmacológico se necessário (terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.
Assista ao vídeo da série parar de fumar. O telefone 136 – Disque Saúde – orienta sobre a cessação do tabagismo.
Quanto mais cedo você parar de fumar, menor o risco de adoecer.
Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida. A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar e sua expectativa de vida aumenta. Assista ao vídeo Hoje é dia de celebrar.
O que acontece se você parar de fumar agora:
- Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal
- Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue
- Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza
- Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor
- Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida
- Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora
- Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade
- Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram
- Faça atividade física regularmente. Uma atividade que você se identifique e goste de fazer. Preencha seu tempo. O importante é movimentar-se, cuidando do corpo e da mente
Para mais informações sobre recomendações para um estilo de vida ativo, considerando os ciclos de vida, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência e educação física escolar, acesse o Guia de Atividade Física para a População Brasileira.
- É comum a fome aumentar e ocorrer um ganho de peso, mas esse não é tão grande como comumente se pensa (em média 2-3 kg). Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos naturais e pobres em carboidratos, incluindo carnes, frutas com pouco açúcar, verduras e legumes. Beba sempre muito líquido, de preferência água. Aos poucos seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normaliza
- Evite café e bebidas alcoólicas, pois eles estimulam a vontade de fumar
Para mais informações sobre uma alimentação adequada e saudável, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira e 10 passos para uma alimentação saudável.
- Repense sua rotina: é importante quebrar as associações que existem entre fumar e sua rotina. Planeje atividades para “colocar no lugar do cigarro”. No Início, evite locais que as pessoas estão fumando, retire de casa, cinzeiros, isqueiros e objetos que lembrem o cigarro
Para a adoção de práticas de promoção, acesse a Plataforma Saúde Brasil que contempla quatro pilares:
Tabagismo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco, tais como cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo, narguilé e outros produtores de fumaça, por indivíduos não fumantes, que convivem com fumantes em diferentes ambientes respirando as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala.
A fumaça do tabaco contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas. Estudos indicam que no mínimo 69 destes compostos e substâncias provocam câncer.
A fumaça que sai da ponta do cigarro e se espalha pelo ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala.
Ficar exposto a essa fumaça pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos.
Crianças e bebês são particularmente mais vulneráveis ao tabagismo passivo e com risco aumentado de desenvolver doenças respiratórias, doença do ouvido médio e a síndrome da morte súbita infantil.
Mulheres grávidas expostas ao tabagismo passivo correm maior risco de natimorto, malformações congênitas e feto com baixo peso ao nascer.
Atenção: Não há nível seguro de exposição ao tabagismo passivo, a única maneira de proteger adequadamente fumantes e não fumantes é eliminar completamente o tabagismo em ambientes fechados.
O fumante deve ter conhecimento de que a fumaça do seu cigarro ou de outro produto derivado do tabaco pode causar doenças nas pessoas com quem convive em casa, no trabalho e em demais espaços coletivos e que não existe nível seguro de exposição à fumaça.
O Brasil tem legislação própria sobre o ambiente livre de fumo, para saber mais acesse tabagismo passivo.
Cada pessoa tem uma experiência diferente ao parar de fumar. Alguns apresentam desconforto, outros não sentem nada.
Sintomas que caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina: dor de cabeça, irritabilidade, se sentir ansioso, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica entre outros.
O sintoma mais difícil de controlar é a chamada “fissura" (forte vontade de fumar). Geralmente não dura mais que 5 minutos, e vai reduzindo gradativamente a sua intensidade e aumentando o intervalo entre um episódio e outro.
Os sintomas tendem a desaparecer em uma a duas semanas.
Elimine os gatilhos (coisas que disparam a vontade de fumar) e dificulte o acesso ao cigarro.
Por exemplo, se tomar café lhe dá vontade de fumar, tente substituir o café por chá ou simplesmente o elimine; evite encontros com amigos que fumam, pelo menos nos primeiros três meses; jogue fora todos os cigarros que tenha em casa, no carro ou no trabalho.
Nos momentos de “fissura”, você pode chupar gelo, escovar os dentes, sair para caminhar, beber água gelada ou comer uma fruta. Procure manter as mãos ocupadas (com um elástico, trabalhos manuais, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos).
Não fique parado - converse, faça algo diferente, distraia sua atenção.
Respire fundo pelo nariz e vá contando até 6. Depois deixe o ar sair lentamente pela boca até esvaziar totalmente os pulmões.
Se não conseguir manter a estratégia e fumar, não desanime!
A recaída não é um fracasso, e a maior parte das pessoas que conseguiram parar, o fizeram após mais de uma tentativa. Comece novamente e tente identificar o que fez você voltar a fumar (gatilhos).
Uma boa dica: guarde o dinheiro que você gastaria com o cigarro e economize. Ao final da semana, conte tudo e use o dinheiro que economizou para comprar um presente para você ou fazer um programa diferente.
Coloque em local visível uma lista dos benefícios de parar de fumar, como dar um bom exemplo para filhos e netos, melhorar a capacidade física e a aparência da pele, etc.
Para informações complementares, assista aos vídeos do Ministérios da Saúde da série Parar de fumar.
Última atualização: 08 de outubro de 2021