Linhas de Cuidado

Planejamento Terapêutico

A Atenção Terciária é a porta de entrada do paciente com complicações relacionadas à infecção pelo HIV. Muitas vezes estes pacientes ainda não se sabem portadores do vírus, sendo a oportunidade para estabelecer o diagnóstico. Além disso, torna-se importante acolher, iniciar o tratamento precoce e promover a adesão.

Aspectos Gerais

Atribuições das urgências e emergências 

  • Atendimento de casos com manifestações agudas graves de instabilidade clínica 
  • Manejo de urgências secundárias a comorbidades 
  • Suporte para diagnóstico, manejo e tratamento de urgências secundárias a  infecções oportunistas 
  • Testagem rápida e sorológica para HIV, sífilis e hepatites B e C (consulte diagnóstico precoce

UPA e emergências hospitalares devem ofertar o primeiro atendimento para situações de Profilaxia Pós-Exposição (PEP): acolher, aconselhar, realizar Teste Rápido, avaliar, prescrever profilaxia quando houver indicação e encaminhar a pessoa para o local onde realizará o seguimento ambulatorial. 

Para mais informações consulte Prevenção combinada.

O passo a passo para a realização dos testes rápidos fornecidos pelo Ministério da Saúde podem ser acessados na plataforma Telelab

Para informações detalhadas sobre o fluxograma diagnóstico da infecção pelo HIV, acesse o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças

Os pontos de atenção que realizarem o diagnóstico de um paciente HIV, deverão notificar os casos no SINAN.  

Manejo Inicial

  • Avaliar responsividade e permeabilidade das vias aéreas 
  • Avaliar nível de consciência - Escala de coma de Glasgow  
  • Manter a permeabilidade das vias aéreas e a ventilação adequada: Considerar intubação orotraqueal (IOT) em pacientes com rebaixamento de consciência (Glasgow ≤ 8), com claro sinal  
  • Verificar a temperatura, glicemia capilar, pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio 
  • Avaliação e indicação de internação 

Plano de Alta

Após alta, o paciente com diagnóstico de HIV deverá continuar em acompanhamento no seu serviço de referência para seguimento compartilhado. 

nota de alta deve conter um resumo detalhado do quadro clínico, da estratégia terapêutica e das complicações durante a internação. 

  • Diagnóstico e informação médica relevante 
  • Disponibilizar os resultados dos exames realizados 
  • Receita médica completa 
  • Conforme condição clínica associada, considerar encaminhamento para médico especialista 
  • Indicação de quais tratamentos de equipe multidisciplinar o paciente irá necessitar 
  • Encaminhamento à Unidade de Atenção Especializada (se em acompanhamento)  
  • Encaminhamento à Unidade de Atenção Primária à Saúde 

Início da Terapia Antirretroviral (TARV)

O início precoce da TARV promove a redução da mortalidade, a transmissão vertical e sexual do HIV, o desenvolvimento de comorbidades graves, além de ter impacto na redução da tuberculose.

Nenhuma estratégia é eficaz sem considerar a importância de reforçar a adesão à TARV.

Terapia inicial preferencial: combinação de lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF), associados a dolutegravir (DTG). 

Recomenda-se avaliar durante a internação: 

  • Adesão à TARV para supressão sustentada da carga viral (frequência às consultas, intercorrências clínicas e laboratoriais, efeitos colaterais e reações adversas)
  • Uso regular do preservativo e práticas seguras de sexo
  • Orientações sobre uso de substâncias psicoativas e o drogas, uso de álcool
  • Detecção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis
  • Detecção e tratamento de sofrimento mental

Última atualização: XX de XX de 2021