Linhas de Cuidado

Manejo inicial/Conduta - Exacerbação aguda

Pacientes que apresentam exacerbação da DPOC com sinais de gravidade (risco de vida), devem ser atendidos em Serviços de emergência.

Os principais sinais e sintomas são: Dispneia, tosse, sibilos e aumento da produção de escarro e/ou alteração de sua característica (purulento).

Sinais de gravidade:

  • Insuficiência respiratória aguda - com risco de vida: FR > 30 rpm; utilização de musculatura respiratória acessória; mudanças agudas no estado mental;
  • Outros sinais: Cianose central ou de aparecimento recente, história prévia de ventilação mecânica, instabilidade hemodinâmica

Conduta

  • Avaliar ambiente, sujeitos e segurança (ACENA)
  • Avaliação primária com ênfase em:
    • Corrigir a hipoxemia: Oferecer O2 suplementar com cautela se SatO2 < 90% a 1-3 l/min (preferir máscara de Venturi)
  • Realizar avaliação secundária com ênfase em:
    • Sinais vitais
    • Coletar história SAMPLA (Sinais vitais, alergias, medicamentos em uso, passado médico, líquidos e alimentos, ambiente), exame clínico
    • Monitorização cardíaca e da oximetria de pulso
    • Caracterizar exacerbações prévias e a atual: Fatores desencadeantes, intensidade, duração e progressão dos sintomas
  • Administrar:
    • Salbutamol ou equivalente (200-400 mcg) - 2-4 jatos do aerossol dosimetrado, a cada 4-6 horas até melhora dos sintomas. Em exacerbações graves, podem ser administrados 1-2 jatos a cada hora por 2-3 doses
    • A nebulização (2,5 - 5 mg, em 10-15 minutos a cada 4-6 horas) é uma alternativa para pacientes muito debilitados e com dificuldade de realização da manobra inalatória adequada para uso de aerossol. A solução para nebulização deve ser diluída em solução salina fisiológica 0,9% até um volume final de 3-4 mL (preferir inalação por máscara com ar, pelo risco do aumento da PACO2)
  • Corticoide sistêmico (exacerbações moderadas e graves): Prednisona ou prednisolona 40 mg/dia (via oral preferencialmente), por 5 dias. Em pacientes sem possibilidade de uso por via oral, pode ser utilizada a via intravenosa (hidrocortisona 200 mg a cada 6 horas, até ser possível a transição para a via oral)

Atenção: Considerar intubação orotraqueal se: grave dispneia com uso de musculatura acessória e movimento abdominal paradoxal, FR > 35 rpm, instabilidade hemodinâmica, rebaixamento do nível de consciência, falência da ventilação não invasiva.

Realizar contato com a Regulação Médica para definição de encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino.

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